BESTA RUANA Cavaquiño

	  Introd: E, A, B7, E, B7, E, B7 
 
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Tinha uma besta ruana / pus o nome de princesa 
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Outra igual não existia / cem léguas na redondeza 
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Eu no lombo da ruana / já fiz mais de mil proezas 
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Esta besta marchadeira / era mesmo uma beleza! 
 
 
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Eu tratava a ruana / com muita delicadeza 
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Se estourava uma boiada / eu juntava com certeza 
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Atravessava o Rio Pardo / sem medo da correnteza 
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Essa besta marchadeira / ligeira por natureza 
 
 
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Um dia chegou a desgraça / no atalho da represa 
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Cai numa pirambeira / a ruana ficou presa 
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A besta quis levantar / mas lhe faltou a firmeza 
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E quebrou as duas pernas / e acabou minha princesa 
 
 
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Passei a mão na garruncha / apontei com bem firmeza 
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A ruana relinchou / como em jeito de defesa 
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Vi as lágrimas correr / ai dos olhos da princesa 
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Matei ela com dois tiros / depois chorei de tristeza 
 
 
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Abri uma sepultura / enterrei minha riqueza 
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Fiz uma cruz de pau d?alho / deixei quatro vela acesa 
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Na cruz eu fiz um letreiro / escrevi com bem clareza 
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Matei pra não vê sofrer / a minha saudosa Princesa!